Misturando terror e enigmas na medida certa, o Escape 60 cria uma experiência assustadora e divertida no cenário “Casamento Macabro”, perfeito para quem gosta de filmes de terror e jogos Horror Survivor como Resident Evil e Outlast.
Bebendo na fonte de jogos como “Resident Evil 7” e filmes como “O Massacre da Serra-Elétrica”, a trama é simples: os escapers encarnam o papel de padrinhos convidados para um casamento, mas ao chegar na casa de Roberto, o noivo, seu irmão descobre que o mesmo desapareceu há alguns dias e que devemos explorar a residência para encontrar pistas de seu paradeiro.
O jogo se desenvolve em vários ambientes, e diferente de outras salas, aqui os jogadores não recebem dicas de uma voz vinda de autofalantes, e sim de um ator que representa um personagem da trama. Para conseguir as pistas, os jogadores devem entrar na história e interagir com como se ele de fato fosse real, lembrando bastante um jogo de RPG.
Esse elemento é impressionante. Em nossa partida, o monitor Caio deu um show de interpretação, tornando a história bem mais envolvente e o cenário muito mais imersivo e assustador. Aliás, toda a equipe foi extremamente gentil e nos recepcionou com muita educação e profissionalismo – agradecimentos também ao nosso monitor inicial, Everaldo.
A decoração dos ambientes é impecável: a iluminação é sempre inconstante, o que faz muito sentido com a proposta; a escuridão se torna um personagem junto à trilha sonora com ruídos assustadores e incômodos, dignos de um verdadeiro filme de terror.
Os enigmas são bem desafiadores, porém em momento nenhum se mostram impossíveis de serem decifrados. Dois elementos que dificultam sua resolução são a iluminação – propositalmente baixa – e os jumpscares que ocorrem com certa frequência. Obviamente, tais obstáculos fazem total sentido com a proposta do jogo e de forma alguma podem ser considerados um ponto negativo.
Talvez o único elemento que possa ser considerado um “problema” é o Storytelling do cenário: as pistas contam parte da história do que esta acontecendo ali, entretanto em muitos momentos elas são subjetivas e, em meio à correria, a história acaba ficando em segundo plano, o que é ruim, já que alguns enigmas exigem compreensão da narrativa para serem resolvidos.
No entanto, de forma alguma essa questão tira o brilho (ou melhor, escuridão) dessa experiência única que é o Casamento Macabro. Se você, assim como eu, é um é fã de terror, de enigmas e quer sentir em seus ossos como seria escapar de um filme de terror, esta é uma experiência obrigatória.
Para mais informações e reservas, acesse: www.escape60.com.br.
por Marcel Melinsk – especial para EOL
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