Qualquer fã de ocultismo e teorias da conspiração conhece os misteriosos cavaleiros templários criados para proteger rotas e peregrinos cristãos à Jerusalém durante as cruzadas. A “Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão” rapidamente se enriqueceu, pois dentre aqueles que protegiam no percurso estavam nobres e reis. Com o tempo se tornaram uma das mais poderosas ordens de cavalaria daqueles tempos, junto aos Hospitalários, e outros.
Tal ascensão rápida atraiu as atenções e inveja da nobreza, e vários boatos começaram a surgir, sobre qual seriam as verdadeiras dimensões de suas riquezas, particularmente os tesouros que eles supostamente teriam encontrado sob o Templo de Salomão em Jerusalém. Após a destruição da ordem, várias organizações vieram a reclamar o título de herdeiros dos templários, como os Maçons, Rosa-Cruz, dentre outras, e o mito dos seus tesouros de riquezas, começaram a tomar proporções místicas e míticas.
É a partir desta história que a sala “Quarto 66 e os Segredos Templários” do Escape Time inicia sua premissa: como herdeiros do Sr. Bernand de Clairvoux, seu objetivo é investigar o quarto 66 do hotel que ele possuía e onde se matou, para descobrir se o boato que ele era guardião deste enorme tesouro dos templários é verdade ou não, e desta forma conseguir um dos maiores tesouros da história. Porém, para estabelecer o limite de uma hora, devido ao fato do Sr. Bernand ter se matado há 70 anos, os impostos não foram pagos, e a prefeitura demolirá o prédio nesse prazo, pois vocês entraram em segredo.
O Quarto, é uma das salas mais interessantes de escape que visitei, tanto do ponto de vista da estética e organização, quanto dos desafios. Apesar de uma pequena falha estética – o quarto é muito simples para ser do dono e de um grande templário – a sala reflete bem a característica que eles queriam passar do personagem. A organização da sala também é de dar inveja: objetos de cena o bastante para estabelecer o ambiente, mas não em excesso, algo que em outras que fui também representando quartos de hotéis tinham coisas demais.
Para mim, os desafios representaram um dos pontos altos da sala: todos tinham uma ordem lógica, porém nem todos precisavam ser resolvidos nesta mesma ordem, e caso algum fosse solucionado antes, não representava risco de confusão. A presença de pista falsas também era uma constante, porém não abundante, a dificuldade dos desafios não era baixa, e esses dois elementos criavam um clima tenso, porém não de frustração.
E não posso esquecer também do monitor – Daniel -, simpático, prestativo e atencioso, que nos dava as dicas conforme nós estávamos apresentando as dificuldades. Da comunicação, devo dizer que o sistema de rádio não nos deixou na mão em nenhum momento.
No geral uma sala divertida e desafiadora, que vale o tempo investido.
por Ícaro Marques – especial para EOL
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