Crítica: “Tomb Raider – A Origem”

“Tomb Raider – A Origem” (Tom Raider) é o terceiro filme baseado na famosa franquia de jogos. É um reboot da série nos cinemas, inspirado nos novos títulos de jogos, que também teve um reboot recente. A história acompanha Lara Croft (Alicia Vikander), a hesitante herdeira de Sir Richard Croft, enquanto ela tenta descobrir o paradeiro do pai, desaparecido sete anos antes, tentando descobrir o mistério da rainha japonesa Himiko, numa trama que ecoa a Indiana Jones e a Última Cruzada.

Para uma adaptação cinematográfica de um jogo, a produção consegue se manter, sem precisar que conheçamos o universo do material no qual se baseia, e ao mesmo tempo contém os elementos que dão características ao jogo, como ruínas antigas, mistérios históricos, e quebra-cabeças, além da ação desenfreada. Há até mesmo cenas que lembram Quick Time Events (pequenas cenas entre a ação do jogo, em que ao invés de apenas assistirmos, um mínimo de interação é colocado à disposição), porém sem os botões para apertarmos.

O problema não é o fato de ser uma adaptação, mas sim sua trama. Apesar de ser agradável acompanharmos como cresce e se desenvolve Lara como protagonista – um elemento interessante inspirado do jogo Tomb Raider de 2013 e que serve de oposição aos filmes anteriores, nos quais ela já era uma arqueóloga-aventureira experiente –, ainda mais com a atuação de Alicia Vikander, que transmite bem a imagem da heroína em crescimento, vemos uma Lara quase sem agência própria, sempre dependendo excessivamente dos outros. Embora isso seja um título de origem e somado ao fato de ser uma mulher a protagonista, parece até clichê esse elemento.

Os efeitos são outro ponto a se destacar: dá para perceber que são feitos em pc. A renderização de certas cenas poderia ser um pouco melhor, não muitas, e nem tão mal, mas poderia ser melhor. Apesar disso a fotografia de várias cenas, particularmente panorâmicas é bem bonita.

Infelizmente ainda estamos para ver a adaptação definitiva de um game para os cinemas, porém Tomb Raider – A Origem é um filme aproveitável, com componentes interessantes. Quem é fã se deliciará com as cenas inspiradas em famosas sequências dos jogos, e quem gosta de filmes de aventura também deverá encontrar sua parcela de diversão.

por Ícaro Marques – especial para EOL

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