Crítica: “No Olho do Furacão”

Sabe quando você está assistindo a um filme, e no meio dele aparece um trailer de uma produção fictícia uma premissa absurda? “No Olho do Furacão” (The Hurricane Heist) é o que tem essa argumentação duvidosa.

Um grupo de criminosos liderado por um funcionário corrupto de nome Perkins (Ralph Ineson) se aproveita da maior tempestade do século para realizar o maior assalto da história do Tesouro Americano, e cabe à agente governamental Casey (Maggie Grace) e ao meteorologista Will (Tobby Kebbell) frustrarem os planos dos assaltantes, enquanto também lutam para sobreviver ao furacão.

O filme tem direção e roteiro assinado por Rob Cohen – que também esteve à frente de “Coração de Dragão” e “Triplo X” -, mas infelizmente está bem longe dos dois. A trama não é ruim para um título de ação, apesar de esdrúxula, porém o desenvolvimento dos personagens tenta sempre dar um drama a mais para eles. Com exceção do meteorologista e seu irmão, em nenhum dos outros isso parece ter sido minimamente bem conduzido e necessário, tornando esses dramas pessoais repetitivos e entediantes.

Além dos personagens, certos momentos têm a trama confusa e não muito bem explicada do que está ocorrendo. Nos aspectos visuais, o filme não excede, ao contrário está aquém de outros do gênero, até mesmo os já citados do diretor. A fotografia é fraca, e os efeitos poderiam ser melhores. A trilha existe, mas passa despercebida. Por fim as atuações, com exceção de Maggie Grace (e olhe lá!), todas são medíocres – o que não seria uma ofensa nesse tipo de proposta, não fossem os outros problemas.

Infelizmente, “No Olho do Furacão” é um produto muito abaixo da média da carreira de Rob Cohen, e poderia ter sido bem melhor. Fãs do gênero ação descompromissada talvez consigam encontrar alguma diversão nele, mas não vejo a quem mais recomendar.

por Ícaro Marques

*Texto originalmente publicado no site A Toupeira.

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