Misturando comédia e fantasia, desfrutamos de um daqueles filmes que nos deixam superconfortáveis durante uma sessão de cinema, a história icônica com um toque atrapalhado, fez a combinação perfeita entre a realidade e o drama de “O Homem que matou Dom Quixote” (The Man who killed Don Quixote).
Produzido e roteirizado por Terry Gilliam, o longa conta a história de Toby (Adam Driver), um diretor de comerciais que há uns anos, dirigiu uma obra independente para seu trabalho de conclusão de curso. Para o papel principal de Dom Quixote, selecionou um sapateiro (Jonathan Pryce), que agora, anos mais tarde, acredita ser o próprio Cavaleiro De La Mancha, e ainda confunde Toby com seu fiel escudeiro Sancho Pança.
O longa deve muitíssimos problemas durante sua produção, foram quase três décadas, e dez tentativas para que a obra ficasse pronta. A ideia do filme começou em 1989 –b após Terry Gilliam analisar o livro de Miguel de Cervantes, o diretor começou a projetar o roteiro em 1991, e sete anos depois teve início a pré-produção.
Um dos atores principais escalados para o longa era Johnny Depp, que deixou a produção em 2009 para se dedicar apenas ao personagem Jack Sparrow, protagonista da franquia “Piratas do Caribe”. O elenco foi reformulado várias vezes, e só foi dado como definitivo no ano de 2016, desde então ocorreram mais alguns problemas com o local das filmagens, e um processo na justiça, contra um produtor que financiava o projeto. Enfim, em 2019, a produção chega ao cinema com o lançamento exclusivo para a rede Cinépolis.
O filme retratou diversos conflitos, mas todos tinham um ar fantasioso, afinal, as consequências das ações de Toby impactaram as vidas das pessoas no vilarejo, assim como as das que participaram de sua produção. O personagem se encontra em um emaranhado de confusões, e ainda tem que lidar com as alucinações do sapateiro, que de certa forma serviram para que ele refletisse sobre algumas questões e lidasse com seu próprio caos interior.
“O Homem que matou Dom Quixote” é bem divertido, e deve fazer boa parte do público torcer pelos personagens. Ele demonstra que, por mais que os problemas pareçam infinitos, eles sempre podem piorar, mas talvez a procura pela solução seja hilária, e é bem provável que você se surpreenda no caminho.
por Victória Profirio
*Texto originalmente publicado no site CFNotícias.
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