“Depois do Casamento” (After the Wedding), dirigido por Bart Freundlich, conta a história de Isabel (Michelle Williams), uma gerente de um orfanato em Calcutá (na Índia), que faz tudo o que está ao seu alcance para que o estabelecimento continue funcionando. Com as condições financeiras em baixa, a moça precisa ir a Nova York receber uma doação em dinheiro de uma empresária chamada Theresa (Julianne Moore). Ao chegar na cidade e ser convidada para um casamento, Isabel percebe que o segredo que guardou durante anos deverá ser revelado.
O longa passa a tomar forma quando o tal segredo vem à tona, a partir daí as coisas ficam mais interessantes e as doses de drama são utilizadas no momento certo. Por trás do que pensávamos ser uma única história, outras questões acabam surgindo, fazendo com que cada vez mais fiquemos curiosos sobre o que acontecerá no desfecho.
Julianne Moore, conhecida por interpretar personagens com uma carga emocional muito alta, está sempre impecável em suas atuações e neste filme não foi diferente. Theresa representa uma grande parte da mulher moderna: tem força, determinação e até mesmo um pouco de insegurança que dificilmente é abalada. A atriz se encaixou perfeitamente ao papel e teve a capacidade de nos fazer sentir as vivências de sua personagem, que logo passa a ter sua história como principal entre a metade e o final da obra.
A produção é muito cativante e aborda uma reflexão sobre a vida que muitas vezes não enxergamos. O fato de um segredo ser guardado por anos, não significa que um dia alguém não irá descobrir, assim como pensar que quando fazemos algo, não haverá impacto na vida de outra pessoa. Aquele velho ditado de que nada é para sempre, funciona muito bem em certas ocasiões, é engraçado pensar nas probabilidades dos acontecimentos.
O filme também reflete valores importantes, em meio a tantas coisas corriqueiras, desperdício de tempo e dinheiro, temos atos que justificam ou enobrecem as circunstâncias. Toda a história gira em torno do amor, independentemente do que esteja acontecendo, e aí podemos perceber o quanto esse sentimento poderoso surge de forma pura e extraordinária em contextos diferentes.
por Victória Profirio
*Texto originalmente publicado no site CFNotícias.
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