Uma comédia romântica francesa com aventuras de viagem. Assim é “As primeiras férias não se esquece jamais!” (Premières Vacances), dirigida por Patrick Cassir. Nela, o casal Benjamin (Jonathan Cohen) e Marion (Camille Chamoux), que acabou de se conhecer pelo aplicativo Tinder, decide embarcar numa viagem de férias para a Bulgária onde, mais do que conhecer um país novo, vivem as desventuras de conhecerem melhor um ao outro.
O destino incomum foi escolhido por estar no meio do caminho do que seriam as férias dos sonhos para cada um: Beirute para Marion e Biarritz para Ben. Nessa aventura eles descobrem que suas visões para uma viagem de férias perfeita, são bem distintas.
Ela é uma desenhista de quadrinhos que adora a experimentação e o improviso em tudo; ele é um administrador metódico que ama segurança e odeia germes. Um casal que se conhece e se planeja por aplicativos de celular ao longo do filme, refletindo na narrativa sobre como esse tipo de tecnologia cria e interage com os relacionamentos. Entre Tinder, Airbnb e TripAdvisor vemos as preferências de cada um servindo como linha condutora para muitos momentos cômicos de desajuste, e também compreensão, entre o casal.
A comédia ocorre de forma fluida sem ser caricatural, com o choque de situações e personagens que beiram o absurdo, mas que realmente poderiam ser encontrados no cotidiano de qualquer um. Inclusive, o roteiro foi escrito em conjunto pelo diretor Patrick Cassir e pela protagonista Camille Chamoux, inspirado em algumas situações reais de viagem que passaram juntos.
Aprender a se virar com os problemas, respeitar as preferências pessoais e estabelecer um diálogo claro está na base do aprendizado dos personagens ao longo da narrativa.
A cereja do bolo está em conhecer um local pouco mostrado no cinema, a Búlgaria, que foi usada como locação para contar a história.
A produção é da A2 Filmes e já está em cartaz no Brasil. Ideal para quem gosta de títulos do cinema francês franceses, comédias românticas, produções sobre viagens e deseja ver algo diferente e atual.
por Luiz Henrique Fernandez
*Texto originalmente publicado no site A Toupeira.
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