Crítica: “Ursinho Pooh: Sangue e Mel”

A famosa obra infantil Ursinho Pooh, escrita por Alan Alexander Milne, fez 100 anos em 2022. Com isso, passou a ser de livre direito autoral. Era de se esperar que daí surgissem as mais diversas adaptações, mas a mais inusitada, sem dúvidas, foi o filme de terror “Ursinho Pooh: Sangue e Mel” (Winnie The Pooh: Blood and Honey), que se baseia no urso fofinho e seus amigos, mas que agora não parecem tão fofinhos assim.

Na trama, Christopher Robin (Nikolai Leon), já adulto, decide levar sua noiva Mary (Paula Coiz) para a floresta de sua infância, onde conheceu cinco criaturas inusitadas, o Ursinho Pooh, o Leitão, a Coruja o Coelho e o Burro Ió.

Quando criança, ele ficou amigo dessas criaturas – meio animais, meio humanas – e levava comida para eles, todos os dias. Mas, Christopher cresce, decide ir para a Universidade, e as criaturas se sentem abandonadas. Depois de um evento trágico, elas decidem se voltar contra a humanidade e tudo ligada a ela.

“Ursinho Pooh: Sangue e Mel” é escrito e dirigido por Rhys Frake – Waterfield, e  conta com um baixo orçamento (US$100 mil) – o que é visível pela questão técnica que não é muito boa – ainda assim, não tem muito a perder em comparação com outros longas de terror de baixo custo que surgem aqui e ali.

O pior defeito é o roteiro. Se fosse um slasher comum, certamente passaria despercebido em meio a tantos que são lançados todos os anos como títulos de terror independente. Mas, como algo que quer levar o ursinho Pooh para o terror, destaca-se pela falta de qualidade, em especial pela caracterização dos personagens.

De certo que está longe de ser o pior filme do mundo, e os aficionados por terror podem se divertir pelo tom não intencionalmente cômico da história. Apesar de tudo, mesmo com as críticas negativas a curiosidade do público venceu, e o filme, por seu baixíssimo orçamento, já conta com um lucro inesperado de quase US$ 5 milhões – valor que deve crescer com a estreia em diversos países, incluindo o Brasil.

por Isabella Mendes – especial para EOL

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