Crítica: “Uma Carta para Papai Noel”

O mês de Dezembro, em todos os anos, é um ponto focal de produções natalinas, claro. Mas, nem sempre temos a oportunidade de acompanhar um lançamento nacional sobre o tema. Pois acaba de chegar na grande tela,  “Uma Carta para Papai Noel”.

A trama é desenvolvida a partir de uma carta enviada pelo garoto órfão Jonas (Caetano Rostro Gomes) para o Papai Noel (José Rubens Chachá). Essa é uma correspondência diferente de tantas outras que São Nicolau recebe pedindo presentes.

O menino quer saber como o Bom Velhinho está de saúde e como é a sua vida no restante do ano. O que comove Noel e o leva até a fictícia Vila Alegre, uma pequena cidade no sul do Brasil, a fim de conhecer esta criança que não pediu nada.

A partir deste ponto, conhecemos a narrativa das demais crianças que, assim como Jonas, vivem em uma casa de acolhimento dirigida pela enigmática Léia (Elisa Volpatto) e não receberam seus presentes de Natal – mesmo que eles tenham sido deixados no local, nas vésperas de Natal de anos anteriores.

O Bom Velhinho será ajudado pela esposa, Maria Noel (Totia Meirelles), e pela ajudante da fábrica de brinquedos, Tata (Polly Marinho), que atuarão com as tecnologias mais avançadas para resolver o mistério dos presentes desaparecidos.

“Uma Carta para Papai Noel” é um filme simples e agradável que poderá conquistar vários corações. O roteiro escrito por Gibran Dipp e Gustavo Spolidoro (também na função de diretor) inova ao mostrar um Papai Noel cansado e que acredita que seu trabalho não é valorizado pelas crianças do mundo, mas que ao conhecer Jonas, começa a perceber que ainda resta esperança em sua missão de levar a alegria ao planeta.

Em minha opinião, o filme só teve um ponto negativo que foi não trabalhar a importante questão do “Milagre de Natal”, tema comum nas histórias deste gênero. Ou seja, por pior que seja a situação, algo sempre será mais positivo e demonstrará para as pessoas que podem vencer e acreditar em bons resultados.

Não falarei o que ocorre para não passar spoiler, mas há um fato que poderia ser trabalhado de forma diferente, com um desfecho mais feliz. Este ponto foi uma falha, pois um longa natalino deve trabalhar a harmonia, o amor e a esperança e, neste ponto, temos apenas uma tentativa infeliz de inserir um assunto pesado e que não precisaria ser tratado neste momento.

De todo modo, “Uma Carta para Papai Noel” deverá agradar boa parte dos espectadores, por sua mensagem de união entre as pessoas.

por Clóvis Furlanetto – editor

*Texto originalmente publicado no site CFNotícias.

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