A culinária brasileira é vasta e extremamente rica em aromas, sabores, cores e texturas. É justamente dessa riqueza que o Brasil está tirando proveito no mercado plant-based. Com uma infinidade de opções e receitas, é impossível definir um único padrão alimentar. A alimentação à base de plantas é uma celebração dos alimentos provenientes de fontes vegetais, tornando-se uma alternativa viável para substituir produtos de origem animal. Essa dieta abraça uma ampla gama de alimentos, desde os básicos – cereais integrais, raízes, tubérculos, frutas, verduras, legumes, leguminosas, oleaginosas e sementes – como lentilha, banana e aveia, até produtos derivados, como carnes vegetais e leites vegetais. Incorporando um prato de cada vez à sociedade brasileira, as dietas plant-based já representam o estilo de vida de muitas pessoas.
Sou uma pessoa bastante otimista e vejo com bons olhos a crescente oferta de produtos. Para se ter uma ideia, o mercado global de leites vegetais, por exemplo, está projetado para atingir a marca de $51.87 bilhões até o ano de 2032, de acordo com um relatório recente da Brainy Insights. Construir uma nova visão sobre o consumo e a forma como as pessoas encaram a alimentação à base de plantas é uma jornada que prova que é possível desfrutar de refeições e criar memórias afetivas, sem prejudicar o planeta. Quanto mais nos alimentamos de forma responsável e consciente, mais podemos ser agentes de mudança e contribuir para a restauração dos recursos naturais.
Meu interesse pela sustentabilidade sempre se desafiou nas empresas onde trabalhei, pois minha vida pessoal e profissional estão interligadas nesse aspecto. Na Fazenda Futuro, encontrei uma empresa que compartilha dos mesmos valores que eu. Segundo uma pesquisa do GFI sobre o consumidor brasileiro, 30% desejam consumir menos produtos de origem animal e 46% afirmam já ter deixado de comer proteína animal pelo menos uma vez por semana. Nos últimos anos, tem crescido o número de adeptos do flexitarianismo, um estilo de alimentação que busca reduzir, sem eliminar completamente, o consumo de carne animal.
Para quem ainda não ouviu esse termo, explico: o flexitarianismo adota uma abordagem não radical, permitindo a inclusão ocasional de alimentos de origem animal nas refeições. Alinhando propósito com opções de fonte de proteínas e variedade alimentar, respondemos às demandas socioambientais. Em janeiro de 2024, as buscas pelo termo “proteína vegetal” atingiram seu pico no Brasil, segundo o Google Trends, indicando que existe um real e crescente interesse por esse tipo de alimentação. O objetivo não é substituir um alimento por outro, mas sim oferecer uma variedade de opções saborosas e nutritivas que complementam o estilo de vida de cada pessoa.
Embora cada pessoa possa adotar o flexitarianismo de maneira única, seja reduzindo gradualmente o consumo de carne, experimentando novas receitas à base de plantas ou participando de iniciativas como a segunda sem carne, fazemos a diferença. Costumo dizer que no lugar de darmos um passo de cada vez, podemos mudar um prato de cada vez. A missão de transformar a maneira como o mundo come não é uma tarefa fácil, mas acredito que ao fazermos escolhas alimentares conscientes e sustentáveis, podemos moldar um futuro mais saudável e equilibrado para nós mesmos e para o ambiente ao nosso redor, afinal, podemos cuidar da terra extraindo o melhor dela e ainda assim garantir o futuro do nosso planeta.
*Por Mariana Tunis, diretora de marketing da Fazenda Futuro
da Redação EOL
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