Crítica: “Um Dia para Viver”

“Um Dia para Viver” (24 Hours to Live) é o novo thriller de ação de Brian Smrz, mais conhecido por seu trabalho como dublê e coordenador de dublês. Estrelado por Ethan Hawke, o filme conta a trajetória do mercenário Travis Conrad, que, aposentado após o assassinato da mulher e do filho, volta ao campo para um último trabalho, onde falha e acaba morto.

Normalmente este seria o meio da produção, ou o começo com outro protagonista, porém Travis é ressuscitado de maneira provisória por uma nova técnica médica desenvolvida por seus empregadores, para obter as informações que conseguiu.

Descartado, com até sua morte tolhida de si, decide se redimir, e passa a proteger quem tentou matar, e agora tem 24 horas para evitar que assassinem seu antigo alvo, que deporá perante a ONU, contra seus empregadores.

O suspense com doses de ação é atraente. A trama, à parte do absurdo da ressurreição temporária, é o clássico conto de vingança e redenção, comum ao gênero de ação, com seu herói sisudo e hiper-adaptável, à moda Liam Neeson, bem representado por Ethan Hawke. Porém com personagens um tanto mais interessantes que o padrão, como a co-protagonista , agente Lin Bisset (Xu Qing) e particularmente o antagonista Jim Morrow (Paul Anderson).

Como filme de ação, é esperado que a parte das coreografias dos tiroteios e brigas sejam bem feitas, e por serem dirigidas por um coordenador de dublês têm uma condução bem envolvente, e com certeza são um atrativo da narrativa. A fotografia, também é bem executada, o que em longas do gênero nem sempre é algo a se notar. Infelizmente a trilha sonora, do compositor Tyler Bates, ficou bem aquém de outras compostas pelo próprio, que compôs dentre elas a do filme “300”.

“Um Dia para Viver” é bem conduzido, e deve agradar particularmente aos fãs do gênero, com suas coreografias, explosões e tiroteios. Para quem não curte muito, talvez não seja o filme mais indicado, mas ainda é possível tirar coisas boas deste, caso opte por conferir no cinema.

por Ícaro Marques

*Texto originalmente publicado no site A Toupeira.

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