Crítica: “O Mau Exemplo de Cameron Post”

Ganhador do Grande Prêmio do Júri do Festival de Sundance e baseado no livro homônimo de Emily M. Danforth, “O Mau Exemplo de Cameron Post” (The Miseducation of Cameron Post) chega aos cinemas brasileiros.

A história proposta pelo longa tem como cenário principal uma espécie de acampamento religioso para tratamento de pessoas que sentem atração por outras do mesmo sexo. O que acontece no tal estabelecimento é mostrado ao público pelo ponto de vista da jovem Cameron (Chloë Grace Moretz).

Depois de um inesperado flagrante dado por seu namorado, durante seu balei de formatura, no qual é vista aos beijos com sua amiga Coley Taylor (Quin Shephard), a protagonista é enviada por sua tia Ruth (Kerry Bultler) ao tal acampamento cristão de nome “Promessa de Deus” para supostamente ser curada e se reabilitar de seus anseios pecaminosos, condenados por aqueles que a cercam.

O drama cuja narrativa se passa em 1993, trata da intolerância sexual de forma ao mesmo tempo muito clara e amena, em um roteiro contemplativo (escrito por Desirre Akhavan e Cecilia Frugiuele), mas que retrata de forma interessante os conflitos típicos da adolescência como auto conhecimento e a necessidade de aceitação.

Com direção de Desiree Akhavan (que também atua como roteirista e produtora), “O Mau Exemplo de Cameron Post” tem um andamento mais lento e calmo, mas também consegue apresentar pontos fortes como a cena do embate entre um aluno aparentemente ideal e a gestora do lugar depois de um grande conflito, além de cumprir seu papel e lançar um olhar interessante à temática LGBT.

por Isabella Mendes – especial para EOL

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