Trabalho em equipe que está dividida fisicamente é sempre um problema nos jogos de fuga. A comunicação entre os espaços, a coordenação de pistas que um deve passar ao outro, dentre outros problemas são questões que podem levar a conflitos, algo que compromete seriamente a eficiência na resolução.
No entanto, se uma sala sabe usar isso de maneira conduzir os jogadores, e eles conseguirem superar as dificuldades, pode fazer com que descubram um potencial de trabalho em grupo pouco explorado antes.
Um bom exemplo para isto é “João e Maria: Caçadores de Bruxas” do espaço Escape Time, em São Paulo, que conheci graças ao convite do site CFNotícias, junto aos companheiros Escapers Divertidos. A sala, inspirada no conto clássico, conta a história de um grupo de crianças perdidas na floresta, e que acabam capturadas pela bruxa. Agora precisam fugir antes que a bruxa retorne com os temperos para cozinha-las. Sendo assim, a equipe que jogar será dividida entre as crianças presas e as livres que devem ajudá-las.
A sala sabe usar quebra-cabeças cujas resoluções são baseadas na comunicação dos dois grupos para que se abram os diversos cadeados, e oferece pistas de maneira interessante, com direito a elementos incorporados à ambientação, não necessariamente paredes e portas.
A cenografia também é bem atrativa: pegando carona na parte sinistra do conto, apesar de primeiramente ser colorida e simpática, a parte principal é cheia de partes de corpos e ossos.
O único ponto que pode ser visto como negativo é o excesso de cadeados. Mais quebra-cabeças poderiam ser feitos com outros tipos de travas, ou com métodos alternativos de resolução. Apesar disto, a sala continua sendo muito boa e interessante.
Recomendada para jogadores que querem testar como anda seu trabalho em equipe, já que a partida representará um desafio considerável até mesmo para grupos mais experientes.
Informações e reservas: www.escapetime.com.br.
por Ícaro Marques – especial para EOL
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