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Há filmes em que o maior destaque é o protagonista. É o caso de “Bela Vigança”, estrelado por Carey Mulligan. Com uma história tensa e forte, a atriz é quem comanda as ações e brilha na obra dirigida por Emerald Fennell, na pele de Cassandra Thomas.
E já vemos isso na primeira cena, em que é levada aparentemente bêbada para a casa de um desconhecido após ficar horas em um bar. Lá, o sujeito tenta se aproveitar da situação e começa molestar a moça, mas ela logo se revela e se mostra dona da situação, desmoralizando totalmente o companheiro.
A partir daí, Mulligan mostra que não é uma atriz qualquer, já que transmite verdade nos sentimentos de sua personagem. Do início ao fim, é possível acreditar no que Cassie está sentido, seja raiva, medo, ou satisfação ao atingir o objetivo de sua missão.
Na história, ela tenta se vingar do rapaz que estuprou sua amiga, Nina, no passado e acabou não recebendo a punição necessária. No caso, trata-se de alguém bem rico e que está prestes a se casar com a bela Madison (Alisson Brie).
Talvez o grande problema do filme seja o ritmo, já que o desenvolvimento da narrativa demora para acontecer. Tirando a primeira cena impactante citada acima, a produção se perde em cenas que focam em elementos não tão relevantes, o que deixa a trama mais cansativa E não é só isso, há também passagens que se arrastam por causa de diálogos longos e redundantes.
No entanto, tudo isso é compensado com um final surpreendente, em que, ao som de “Angel of Morning”, de Juice Newton, vemos um momento em que evidencia as habilidades e as nuances de Cassie. Infelizmente, não posso dar detalhes da cena para não estragar a surpresa, mas posso garantir que é um momento épico, capaz de fazer o espectador mudar de opinião em relação ao filme.
Pelo menos funcionou comigo! No meu caso, o desfecho ajudou (e muito!) a gostar do que eu vi. Sem dúvida, é o maior trunfo, ao lado da atuação de Mulligan. Se você assistir e pensar de forma diferente, também está correto.
Gostando ou não, é importante afirmar que “Bela Vingança” é uma obra que tem que ser vista, afinal de contas, expõe a existência de um assunto atual, forte, tenso e que precisa ser muito bem conversado nos dias de hoje.
por Pedro Tritto – especial para EOL
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