Crítica: “Missão de Sobrevivência”

Filmes de guerra e ação casam muito bem na maioria das vezes. O frenesi da ação causada pelo combate, perseguição e sobrevivência são os pilares deste tipo de produção, tendo ainda uma parcela muito grande de espectadores e fãs – e por isso Hollywood ainda se empenha tanto em produzir este gênero.

Nesta semana chega aos cinemas “Missão Sobrevivência” (Kandahar), dirigido por Ric Roman Waugh e distribuído aqui pela Diamonds Films, que surpreende em diversos quesitos.

No papel principal, Gerard Butler, com quem o diretor já trabalhou diversas vezes, interpreta Tom Harris – um agente secreto da CIA infiltrado na cidade de Kandahar, no Afeganistão.

Seu objetivo é destruir uma usina nuclear secreta antes que o país desenvolva armas nucleares e escale as tensões com o uso dos artefatos em uma guerra.

Após sucesso da missão, os agentes envolvidos nesta sabotagem, incluindo Tom Harris,  têm seus disfarces vazados para a inteligência do país local e inicia-se então uma caçada para capturar o protagonista.

Com a ajuda de Mohammad ‘Mo’ Doud (Navid Negahban), um intérprete que tem como objetivo encontrar sua cunhada, Tom tenta escapar do país antes que seja capturado.

O enredo escrito por Mitchell Lafortune a princípio não parece ser tão complexo e desafiador. Ainda que inclua diversas cenas de ação e a cereja do bolo esteja com Gerard Butler, “Missão de Sobrevivência” pode parecer inconstante em alguns momentos, porém, é espetacular as filmagens abertas, onde a fotografia e a trilha sonora se encontram e deixam os olhos de qualquer espectador brilhando.

O longa tem muitos altos e baixos, ao mesmo tempo em que apresenta diversos personagens que ou não têm seus arcos definidos e completos ou simplesmente são descartados, sem quase nenhum peso na trama. Gerard Butler e o ator iraniano Navid Negahban são os que mantêm o entretenimento e a acurácia interessante.

No geral, “Missão Sobrevivência” é uma boa obra dentro do gênero ação pode surpreender muitos espectadores que forem ao cinema. Não é um grande destaque na carreira de Gerard Butler, mas é um bom acréscimo para Ric Roman Waugh.

por Artur Francisco – especial para EOL

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