Crítica: Os 3 Infernais

“Os 3 Infernais”  (3 From Hell) dirigido, produzido e roteirizado por Rob Zombie, retrata a série de crimes cometidos por Baby Firefly (Sheri Moon Zombie), Otis Driftwood (Bill Monseley), e Winslow Foxworth (Richard Brake), conhecidos como os “Rejeitados do Diabo”, que após serem sentenciados a uma vida na prisão, fogem para o México deixando um longo rastro de assassinatos pelo caminho.

Zombie produziu uma longa lista de filmes de terror, e tornou-se conhecido por sua excentricidade, logo, essa produção não poderia ter sido diferente. “Os 3 Infernais” é a sequência dos filmes “A Casa dos 1.000 Corpos” (2003), e “Rejeitados pelo Diabo” (2005), nos quais os atores principais reprisam seus papéis, com exceção apenas de Richard Brake, que substituiu Sid Haig – o famoso Capitão Spaulding -, após o falecimento do ator em 21 de setembro desse ano.

Apesar do gênero, podemos dizer que o filme não se encaixaria no terror propriamente dito, entretanto, sua marca registrada são as atrocidades cometidas pelo trio. Algumas cenas são bem pesadas e a cinematografia está excelente, dando um ar extremamente realístico aos crimes.

Embora estejamos falando sobre assassinos, por diversas vezes o público oscilará sobre torcer ou não pelos personagens. O trio é formado por psicopatas que matam apenas por diversão, é nítido que existe em cada um deles a excitação pelo sofrimento alheio, e tudo isso foi muito bem representado, principalmente por Sheri Moon, que atuou de forma impecável, ressaltando a alucinação em que Baby Firefly se encontrava.

O longa não tem muita história para contar, no início, temos um breve resumo do que aconteceu com os homicidas durante todos esses anos; logo em seguida, acompanhamos a fuga da prisão, que parece ficar por isso mesmo, já que apenas os telejornais se importam com os assassinos de volta à ativa.

As demais cenas sucedem a uma série de matanças desenfreadas e a busca por um novo lar fora do alcance da mídia e da polícia estadunidense. Ainda assim, “Os 3 Infernais” é uma boa opção para aqueles que apreciam personagens com certo grau de insanidade e, é claro, para os que já conhecem os trabalhos anteriores de Rob Zombie e gostam desse tipo de produção.

por Victória Profirio

*Texto originalmente publicado no site A Toupeira.

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