Crítica: “Space Jam: Um Novo Legado”

Quando “Space Jam: O Jogo do Século” chegou aos cinemas, em 1996, este que vos escreve estava com nove anos, aprendendo a curtir a NBA e torcendo para o Chicago Bulls. Ver Michael Jordan na telona naquele momento fez com que a minha paixão pelo basquete aumentasse, além de criar a expectativa de assistir a uma sequência da obra dirigida por Joe Pytka algum dia.

Demorou 25 anos! Mas posso dizer com todas as letras que a espera valeu a pena. E olha que cresci ouvindo que o clássico da década de 1990 não tinha que ter uma continuação, tudo por causa de sua trama criativa, simples e bem definida. Que bom que os defensores dessa teoria estavam errados!

É verdade que o longa original é tudo isso que foi citado acima e fazer uma nova história em cima deste contexto talvez fosse mais complicado do que ganhar o prêmio de MVP (jogador mais valioso) da temporada. Mas o craque do Los Angeles Lakers, LeBron James, e o diretor Malcon D. Lee conseguiram. UHUUUUULLLL! Ao assistir a obra, só digo que o espírito daquele menino de 9 anos reapareceu de maneira bem feliz.

Não vou fazer uma sinopse aqui, pois o legal é justamente você ir descobrindo as surpresas do longa por conta própria. No entanto, afirmo que “Space Jam: Um Novo Legado” consegue ser tão divertido e criativo como o original. Tudo porque conta uma história que, por mais que seja previsível, é cativante do início ao fim.

A grande sacada aqui, fica por conta das referências cinematográficas dos clássicos da Warner Bros. que aparecem ao longo das quase duas horas de filme. Algumas já puderam ser vistas nos trailers divulgados previamente, mas há muitas mais que merecem atenção. Toda referência citada é colocada de maneira eficiente, ou seja, faz algum sentido na jornada dos personagens. Isso é ótimo!

Outro acerto que foi mais certeiro que cesta de três pontos foi a escolha de “King James” para ser o protagonista. É claro que ele não é o Michael Jordan, mas é um atleta respeitado no mundo inteiro e é soberano no basquete, assim como o craque do Bulls era em 1996. Além disso, o astro do Lakers é carismático na tela e passa credibilidade nas cenas em que está jogando com os Looney Tunes, o que é mais que o suficiente para a ocasião.

Você deve estar se perguntando se o primeiro filme é melhor que o segundo ou vice versa. Deixarei a resposta para você, amigo(a) leitor(a). Eu só afirmo que os dois, tanto “O Jogo do Século” quanto “Um Novo Legado”, retratam bem as suas épocas e sabem conversar com o seu respectivo público alvo. É diversão garantida! Será que um dia rola um “Space Jam 3”? Já tô dentro!

por Pedro Tritto – especial para EOL

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