Crítica: Até a Morte – Sobreviver é a Melhor Vingança

Até a Morte” (Until Death), que recebeu o subtítulo de “Sobreviver é a Melhor Vingança” no Brasil, trata justamente disso: sobrevivência. No filme, Emma, interpretada por Megan Fox, sente-se presa em um casamento já moribundo, do qual não consegue se libertar.

Como surpresa para o décimo aniversário de união, seu marido Mark a leva, em pleno inverno, a uma casa isolada a beira de um lago onde, supostamente, planejou uma noite romântica com a intenção de salvar a relação.

O que parecia uma noite romântica de reconciliação, no entanto, muda drasticamente quando, na manhã seguinte, Emma acorda algemada ao marido que, logo em seguida, dá um tiro na própria cabeça. Ela então dá por si em um plano retorcido do marido, onde tem que sobreviver em uma casa no meio do nada, em pleno inverno com neve, sem roupas de frio, telefone, ou qualquer coisa que poderia lhe ajudar.

O longa já mostra desde o início, que Mark (interpretado por Eoin Macken) era um marido controlador e opressor, o que é uma boa introdução para o desenrolar da narrativa, em que o personagem, antes de morrer, se certificou de que a sobrevivência seria a mais difícil possível.

Um trunfo é que Emma não é uma dama em perigo, pelo contrário, mesmo em situações extremamente adversas – ela não desiste e usa de sua inteligência para continuar sua jornada de sobrevivência. A personagem tenta sobreviver a todo custo e quer se libertar do cadáver do marido, nem que seja a última coisa que ela faça.

Sua perseverança é muito bem apresentada por Megan Fox, que tem uma ótima atuação e carrega o filme sozinha por boa parte do tempo. Um único porém, que talvez só os mais detalhistas reparem, é sua maquiagem, que, por vezes, falha em representar alguém machucado e morrendo frio.

Ainda que apresente alguns clichês, a atuação da atriz faz com que a experiência se mantenha boa por todo o longa, que não traz muitas novidades no que se trata de títulos de sobrevivência e invasão domiciliar, mas o diretor Scott Dale apresenta um jogo de gato e rato interessante, com bons momentos de tensão e suspense.

Além disso, “Até a Morte – Sobreviver é a Melhor Vingança” usa bem alguns toques de drama, ao tratar de um marido abusivo e manipulador que quer controlar a esposa a todo custo, e uma mulher dedicada a sobreviver diante da violência do marido.

Uma ótima opção para quem quer assistir a uma produção de suspense com uma protagonista forte e inteligente, e também para quem quer acompanhar essa nova – e promissora – fase da carreira de Megan Fox.

por Isabella Mendes

*Texto originalmente publicado no site CFNotícias.

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